15 de abr. de 2010

faz de conta..



..  que ela nao estava chorando por dentro. pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado. ela saíra agora da voracidade de viver. e tudo quanto à iludira agora se faz verdade. aquela brisa já não a toca a face. suas idéias se veem insanas. seus pensamentos complexos. seu apetite voraz, insaciável. seus delírios se fazem personalidades distintas. agora ela cegamente se obedece. seus instantes se fazem uma vida inteira. sua saudade não mas se lembra do que lembrar. aquela menina já não mas passa como uma leve brisa. hoje o que sobrou dos seus sonhos foram chuvas tempestivas e ventanias nem sempre passageiras. então ela ainda se pergunta: onde estaria a inocência inconstante, felicidade de viver. onde estaria aquela menina que vivia. na verdade ela não sabia. só sabia que ela se encontrava ali..



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