18 de mai. de 2010


Olhe em meus olhos, eu sei que pode ver, não é tão indecifrável assim, as minhas reações me entregam, as minhas emoções são lícitas demais, os meus olhos procuram os teus, a minha boca implora pela tua, você finge que não vê, literalmente. Você me entende, e talvez até sinta o mesmo. Só não tem coragem de tentar, e sempre acabamos no mesmo lugar. Não consigo me acostumar com a idéia de sempre acabar no meu quarto me perguntando se você senta a mesma coisa, conversando com as paredes e tentando criar coragem para poder te dizer tudo isso, ou não dizer nada, apenas fazer tudo o que sempre tive vontade. Talvez a minha paixão tenha que deixar de ser paixão só pra reconfortar meu coração, só para me contentar com abraços, palavras mal ditas e meias verdades, apenas carinho, talvez eu crie um personagem para substituir você, para curar essa minha ânsia de te ter. E esse desejo descontrolado só aumenta, a vontade de pelo ao menos te olhar, te ver de lone, me atormenta, todos os dias, todas as 24 horas e algo mais. Não me falta coragem, o que me impede é o medo. Queria te falar TUDO, gritar, chorar, dizer palavras soltas, palavras sem nexo, e correr em direção do nada. Tenho medo da sua reação, a tal pergunta de reciprocidade. Custo em tentar te achar em outro alguém, pra ver sem me livro disso tudo que ultimamente não me faz bem, tento eliminar toda essa dor, toda essa incompetência particular, esse não te ter, esse bem mau querer, querer te ter e não poder, é dor, te ter e não compreender é dor maior ainda, me descrevo em tantas dores que podem até achar que é exagero meu, pra não dizer que só quem ama sabe, ou que amar é sofrer, eu tenho evitado todo esse sentimento fugaz, arrebatador. Eu sei, você sabe, que a nossa história pode ser diferente. Afinal, nossa coração (infelizmente) não corresponde a nossa razão, eu tenho tentado não te amar, não te querer, a minha vida está baseada em tentativas desde que você entrou nela, por favor as façam valer a pena, me dê apenas uma razão para manter esse sentimento em pé, e eu te darei em plenitude meu amor mais intenso e sincero. E quanto a você? Não se preocupe "eu tenho amor suficiente pra nós dois"...

texto feito numa aula de matemática por mim, Carol do Palavras ao léu e Thamys do Where There is no Imperfection. '-'

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